Artigo: Os desejos do empresário

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Por: Jorge Luiz Rocha Pereira*

Quando a empresa ainda era somente uma ideia, toda a preocupação recaia sobre as angústias do empreendedor no relacionamento com o mercado.

Na elaboração do plano de negócios, a metodologia de criar uma imagem de sucesso, com o diferencial competitivo à frente, levando a bandeira da empresa, se mostrava o grande responsável pelas inquietudes do empreendedor.

Nos dias que antecedem a saída da ideia do papel para a calçada, fazer a empresa aparecer adequadamente para o mercado é o fator mais importante, pois todo o esforço fica concentrado para que o mercado enxergue o negócio, e seus produtos e serviços, este é o ponto nevrálgico, entre a sobrevivência ou o desaparecimento.

Alguns meses depois a empresa começa a ser reconhecida, muita gente entrando na loja, comprando ou não, e com esta movimentação o conhecimento sobre o mercado foi crescendo e se acumulando.

E chega o instante mais delicado para o empreendedor, o sucesso cria uma figura: O Cara – agora tido como empresário tem seu reconhecimento pelo mercado, como a um ícone a ser seguido, o de administrador bem sucedido, seja pela inovação, ou em função dos resultados obtidos, ou ainda, ambos.

Passado o estágio do show de confetes, tem início, por parte do gestor, a dedicação para conquistar a admiração e o respeito dos empregados.

Com o tempo, meses ou anos, depende de cada um, o empresário consegue realizar as sonhadas conquistas pessoais, como: aquisição de propriedades, carros novos na garagem, ou viagens pelo mundo com a família.

Neste momento ele, muitas vezes por puro convencimento, se acha mesmo o cara.

Depois de ultrapassar todos estes estágios e conquistas, algumas derrotas atreladas ao mundo de negócios, o empreendedor enfrentará novos desafios diários, que são os alimentos necessários para que a empresa seja constantemente lembrada pelos consumidores.

Mas quando se atinge um objetivo, que lá no começo parecia quase impossível, outros mais difíceis acabam aparecendo, e vencer níveis praticamente inacessíveis do mercado se tornam uma nova obsessão.

A abertura da primeira filial, a dificuldade de estar em dois locais diferentes ao mesmo tempo, uma loucura, que será equalizada, com mais aprendizado e determinação.

O relacionamento com o comércio exterior, entender novas culturas e suas necessidades, muito diferentes da do nosso país, para comercializar os mesmos produtos e serviços, de forma diferente, mas com o mesmo entusiasmo.

Estes são os desejos do empreendedor, que uma semente, se bem cuidada e alimentada adequadamente, pode se tornar uma árvore frondosa, abrigando diversas famílias e ainda oferecendo bem estar, sombra, alimentos e proteção para milhares de pessoas, além de proporcionar grande orgulho para quem um dia tinha nas mãos apenas um rascunho de uma ideia.  

*Jorge Luiz Rocha Pereira é consultor de empresas.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.

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